domingo, 6 de novembro de 2011

NO JARDIM DO JOÃO



Que confusão aqui vai!
Diz o João e com razão.


A Aranha estende a armadilha
Para ver se alguém cai
Logo tudo se ensarilha
Ai meu DEUS o que ali vai!
Anda a Libelhinha distraída
a esvoaçar aqui à volta,
como quem anda perdida.
Nem se lembra do Peneireiro
aqui á solta!

O Peneireiro é um passarinho
Que gosta de andar ao sabor da aragem
Lindo! Esvoaça, abrindo a plumagem.

Hoje todo o Mundo parece alvoroçado
Os bichinhos andam no prado
Mas só o Pica-pau assobiava
E o  Gafanhoto saltava

Ah...mas o Peneireiro...!
Esse muito saltitava
Entrou devagarinho no celeiro
Do tio JOAQUIM
E encheu o papo,
e depois veio para o jardim
apoquentar os demais!
Mas estava tão feliz
Que até assustou os Pardais.

Um Tordo que por acaso ali passava
Pousou num ramo da cerejeira
Eis quando sem querer
 com o pé, a Joaninha esmagava.
Chorou tanto!
Coitada é que lhe fez mesmo doer.
Ficou toda a tremer!!!

Mesmo ali á beira,
O Porco Espinho
Estava ao sol de barriga pró ar
Não deu conta de nada,
quase adivinho...
Que continuou a ressonar!
Escondidinho
numa caminha
de folhas de sabugueiro,
onde dorme o dia inteiro.


HUM!!!
De repente deu-lhe o cheiro
Espetou as orelhas no ar
E pensou:
Ah...este Peneireiro, ainda o vou apanhar!


É que era tal o reboliço!!!!!
Que ninguém podia descansar.


Então!!!!Vamos lá a ver isso!
Caluda, que é a hora da sesta!
Ou o senhor Peneireiro
pensa, que aqui há festa?


Não há tempo a perder
O Ouriço tem razão!
Diz o Tordo, que ainda não conseguiu comer,
as cerejas descansado.
Oh Senhor Peneireiro!!!! Não se faça convidado.
Os frutos são minha dieta
Se o senhor já tem o papo cheio
Vá-se embora...
Deixe a Libelhinha quieta.

Ía a conversa a meio
Sai da gruta um fantasma esquisito
Todos de cabeça no ar...
Que fantasma!!!! Que até sabia voar!
Então quem era?
O senhor Mocho que se dirigia
para a floresta.

E do dia
Já pouco resta!
Cada um vai á sua vida
Que a briga já está esquecida.


Hoje esteve um dia de sol, os bichinhos se divertiram, ás vezes se zangam, porque uns são mais barulhentos, quezilentos, mas depois acabam sendo todos amigos. Agora já todos no campo dormem,
cada um no seu galho, ou no seu cantinho feito de folhinhas fofas, só anda mesmo por aí a Coruja e o Mocho, que de noite se alimentam e por isso saem ao entardecer...ai, ouvi agora um grande estrondo, é um trovão, já sei... vamos ter mau tempo, mas eu sou um Melro muito esperto, vou direitinho ao telheiro do
vizinho Joaquim e lá não apanho chuva.


Meninos vamos todos a recolher, amanhã venho contar outra estória, não percam!


rosafogo
natalia nuno

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